sábado, 6 de junho de 2009

Cesário Verde

Reflexão da frase: "Por isso, além de ser (como se tornou tópico, aliás justificado, da crítica da obra de Cesário) réplica poética do realismo irónico queirosiano – em confronto com as transformações e os problemas do quotidiano urbano e rural, por tempos de aclimatização fontista ao Progresso da civilização técnico-industrial –, o realismo lírico de Cesário Verde será o seu esforço de autenticidade anti-retoricista, «com versos magistrais, salubres e sinceros»."
Assim, como Eça de Queirós, Cesário Verde retrata, nas suas obras, os problemas e transformações da sociedade portuguesa da época (século XIX), ambos revelam a verdade dura e crua. Esta época é caracterizada por transformações técnico-industriais, sociais e políticas. O século XIX ficou marcado pela evolução da indústria e dos transportes, trazendo uma nova vida à sociedade: surgiu a classe operária (esta classe era caracterizada por ser pobre) e a classe burguesa emergiu na sociedade. Consequentemente, os modos e os hábitos da sociedade modificaram-se. A sociedade tornou-se, sobretudo, urbana.
Nos seus "versos magistrais, salubres e sinceros", Cesário Verde é objectivo, claro e real, mas, ao mesmo tempo, irónico. Os seus versos são como uma pintura da realidade, contudo, mantém "o reforço de autenticidade anti-retoricista".

2 comentários:

Cesar Galocha disse...

Os seus versos são como uma fotografia da realidade, contudo, mantém "o reforço de autenticidade anti-retoricista", ou seja, ao contrário de um texto retórico, os versos de Cesário são desorganizados.

Atenção:

A fotografia está aser descoberta nesta época. A pintura seria a ideal evocação.

O fim fiquei preplexo perante tanta desorganização sapiental.

Cesar Galocha disse...

No fim e enfim fiquei perplexo... com a minha própria perplexidade.